O efeito foi imediato. Alguns minutos depois de abrir, ainda inserindo os primeiros produtos, uma designer de jóias me escreveu uma mensagem parabenizando meu trabalho e oferecendo ajuda para dar dicas para minha loja no universo Etsy. Achei ela muito prestativa e generosa pela atitude. Terminei o que queria e perguntei logo na cara o que ela fez para o negócio dela crescer e adicionei o link da minha loja no DaWanda para ela visitar também, assim como ela me pediu.
Acho que o que ela disse, serve pra todas nós de alguma forma. Ela citou que uma loja no Etsy (ou em qualquer site de venda de artesanato semelhante) tem que ter no mínimo 100 produtos (achei exagero) para se impor aos clientes com opções, porque a prática aperfeiçoa e expõe mais a loja nos resultados de pesquisa.
Ainda acrescentou que as minhas fotos deveriam ser mais humanas, ter crianças, mãos para o cliente se espelhar nos produtos, se enxergar usando eles. Mostrar também a parte de trás dos produtos nas fotos, evidenciando o bom acabamento dele. Que eu deveria vender pro mundo todo e não só na Europa, afinal o Etsy não é brincadeira, pra começar, ele é uma invenção americana. E o mais surpreendente: que meus preços estavam muito baratos. Que quando o produto é muito barato, significa que o material pode também não ser de qualidade, reduzindo a imagem de qualidade do produto final. Quando a pessoa paga mais por um produto, ele fica valorizado. Que não posso subestimar meu talento e desvalorizar as horas que gastei para produzí-los. Comparei com outros semelhantes e fazia sentido.
Ela tem uma linda loja com muitas vendas realizadas em um curto período (sempre olho isso).
Recentemente, li num blog de uma americana (que perdi o link) uma entrevista de uma designer de cartões que deixou o trabalho para se dedicar em período integral ao pequeno negócio no Etsy (isso pra mim ainda é utopia) e ela disse que aprendeu a crescer perguntando o segredo dos outros, escrevia perguntando a outras vendedoras o que fizeram para as lojas venderem tanto, na cara dura. Muitas nem respondiam ou nem gostavam, mas outras responderam e isso foi trazendo a ela todo o know-how para fazer o pequeno negócio criativo dela crescer. Quando eu comecei a fazer isso (sim, já fui ignorada!) essa vendedora super simpática apareceu. Sem querer nada em troca. Quando a esmola é grande, o santo desconfia ( é assim que se fala?) mas muito do que ela disse é válido. Falei aqui outro dia que precisava do click administrativo para enxergar meu hobby como um negócio, lembra? E isso está me pegando, ultimamente. Percebi que há muito trabalho, mas muito trabalho mesmo por trás desse sucesso, pequeno que seja, não é assim só com talento e sorte, e talvez um tempinho de sobra pra se dedicar. Acho que preciso ser mais persistente e estou me esforçando muito depois dessa conversa com ela e observando algumas leituras de blogs especializados por aí.
Vou manter as duas lojinhas por enquanto, não é difícil manter, difícil é montar a loja, entender, conhecer. O número de visualizações na loja Etsy e nos produtos especificamente é muito maior do que no DaWanda. O Etsy parece algo mais internacional, mais forte. Vou continuar observando e me decidir no futuro com qual ficar.
Para as aspirantes a melhorarem o pequeno negócio criativo ou a abrir um, recomendo imensamente o Manual do Vendedor do Etsy (The Seller Handbook) que tem sido uma bíblia cheia de respostas para as minhas perguntas.